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Breve Histórico

Em abril de 2014, realizamos o I CONGRESSO NACIONAL JEAN-JACQUES ROUSSEAU – UFMA: IDIOSSINCRASIAS E DIÁLOGOS. Foi um enorme sucesso de público e de discussões sobre as questões suscitadas em torno do filósofo genebrino Jean-Jacques Rousseau. Ultrapassou todas as expectativas, pois atingimos o número de mais de 1.000 inscritos, além de mais de 600 pessoas para cada minicurso. Todos os auditórios ficaram lotados durante toda a programação do evento. O Congresso foi uma iniciativa do Grupo de Estudo e Pesquisa Interdisciplinar Jean-Jacques Rousseau – UFMA/ CNPq, que conseguiu integrar orientandos da iniciação científica, da Graduação, da Pós-Graduação, bem como de pesquisadores da comunidade acadêmica cujas pesquisas se relacionavam à obra do pensador genebrino Jean-Jacques Rousseau. Mas também, conseguiu reunir diversos pesquisadores de variadas áreas do conhecimento, pois o Congresso foi eminentemente interdisciplinar. Havia estudantes e professores de diversas Universidades Estaduais, Federais e Privadas de todo o Brasil, possibilitando um ambiente de alto nível acadêmico com as Conferências, as sessões de comunicações, as mesas redondas e seus minicursos. Além disso, o Congresso trouxe à Universidade Federal do Maranhão dez professores de renome nacional e internacional para participar ativamente do Congresso Rousseau. Portanto, o congresso conseguiu abarcar a diversidade de trabalhos e reflexões desenvolvidas atualmente no Brasil acerca da filosofia de Rousseau e suas implicações com as ciências humanas e sociais, e, nessa perspectiva, o I Congresso Nacional Rousseau inseriu a Universidade Federal do Maranhão no debate nacional sobre os temas estudados acerca desse autor.

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Em maio de 2016, realizamos oII CONGRESSO NACIONAL JEAN-JACQUES ROUSSEAU – UFMA: EDUCAÇÃO, LINGUAGEM, POLÍTICA E ESTÉTICA. Também obteve muito sucesso de público e de discussões sobre as questões suscitadas em torno do filósofo. O congresso conseguiu trazer mais de 16 pesquisadores convidados de outros estados, além de estudantes e professores de diversas Universidades Estaduais, Federais e Privadas de todo o Brasil. Dessa forma, o congresso tem cumprido com seu propósito, de abarcar as diversas discussões em torno do autor, além de ter promovido publicações em revistas especializadas sobre o filósofo.

 

Dando continuidade a esse importante evento bianual, iremos realizar em junho de 2018, o I CONGRESSO INTERNACIONAL ROUSSEAU X KANT – UFMA, o III CONGRESSO NACIONAL JEAN-JACQUES ROUSSEAU – UFMA: ESTÉTICA & REPRESENTAÇÃO e o I CONGRESSO NACIONAL KANT-UFMA: LIBERDADE, JUSTICA E DIGNIDADE. O Congresso Internacional em parceria com dois congressos nacionais é fruto de intensas discussões acerca dessas temáticas no referido autor no Grupo de Estudo e Pesquisa Interdisciplinar Jean-Jacques Rousseau – UFMA vinculado ao diretório de Grupos do CNPq. O GEPI Rousseau – UFMA existe desde 2006, e no ano de 2016 completou 10 (dez) anos de existência. Há reuniões semanalmente para discutir obras do Cidadão de Genebra. E como resultado, já tivemos diversas apresentações e discussões de vários painéis sobre obras do autor. Discussões estas que geraram várias apresentações em Colóquios e Encontros nacionais e internacionais sobre o filósofo, além de ter gerado muitas publicações de vários pesquisadores do grupo.

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No intuito de que o CONGRESSONACIONAL JEAN-JACQUES ROUSSEAU – UFMA possa dar continuidade a tradição sobre o debate acerca do filósofo Jean-Jacques Rousseau de forma bianual na UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO, é que promoveremos esse grande debate interdisciplinar sobre “ESTÉTICA & REPRESENTAÇÃO”, pois dessa forma irá possibilitar condições de contribuir para novas pesquisas acerca da obra do filósofo tanto particularmente de acordo com a região, como questões universais de acordo com a tradição. Além iniciar uma maior aproximação do pensamento do filósofo, possibilitando aos graduandos e pós-graduandos ricas discussões, na presença de grandes especialistas na área, como professores de renome nacional, e futuramente internacional, bem como estudantes das mais diversas áreas e regiões, pois embora haja pesquisadores interessados, é preciso alargar esse interesse e ao mesmo tempo aprofundar o estudo sobre o pensamento do autor, no Maranhão.

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O III CONGRESSO NACIONAL JEAN-JACQUES ROUSSEAU – UFMA: “, se justifica também, pelo fato do filósofo Rousseau ter praticado uma variedade de gêneros possíveis; segundo o próprio, todos objetivando atingir os mesmos princípios, apenas mudando o tom e variando na escrita, passando por obras de política, romance de formação, peças musical e teatral, contos, romance de amor, além de seus intensos monólogos e uma vasta prática epistolar que, juntamente com os textos de apologética, compõe o gênero da memória. Escritos quedependeram de gêneros tão variados como um tratado de educação, um ensaio sobre a linguagem, um livro de filosofia política, um romance, uma autobiografia etc, justificam a abordagem temática do III Congresso Nacional acerca de Rousseau no Maranhão ser sobre a interdisciplinaridade que há entre “ESTÉTICA & REPRESENTAÇÃO”.

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Afinal, são poucos os filósofos que conseguiram produzir uma obra que permaneça objeto de debate 300 anos depois de seu nascimento, Rousseau é um deles e, por isso, o III CONGRESSO NACIONAL JEAN-JACQUES ROUSSEAU – UFMA: “. Afinal, o pensador nascido em Genebra propôs questões que tomam conta das polêmicas contemporâneas, como a validade da democracia, uma educação mais atenta às particularidades de cada indivíduo ou o estatuto ambíguo da linguagem. Antecipou também uma das maiores preocupações do século XXI e que afeta todos nós: a ecologia.

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Como pode se perceber, o pensamento do autor mostra-se ainda vigoroso e atual ao fazer indagações como: é possível, ao homem em sociedade, encontrar a felicidade que perdeu? Como entender o que fez o homem “degenerado” e “miserável” se a natureza o constituiu bom e feliz? É por essa resposta que toda sua obra indaga. Na obra de Rousseau podemos perceber a sua atualidade, quando se observa que o mais trágico é que a desigualdade continua presente nas sociedades civis, posto que é instituída pelas relações humanas.

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Filósofo que inspirou a Revolução Francesa, com seuContrato Social, foi um defensor da vontade do povo, mas considerava a democracia uma temeridade. Autor da Nova Heloísa, romance epistolar que foi o grande Best-seller do século XVIII; além de ter sido o filósofo que revolucionou o ensino com a obra Emílio ou Da Educação, ao defender que o conhecimento é, antes de tudo, um produto dos sentidos e dos sentimentos, e não da razão.

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Já, o I CONGRESSO NACIONAL KANT-UFMA: “LIBERDADE, JUSTIÇA E DIGNIDADE”, por sua vez, surgiu como iniciativa  do Grupo de Estudo e Pesquisa Interdisciplinar em  Kant  – UFMA/ CNPq, retomado no primeiro semestre de 2014, e que teve e tem tido como fio condutor de suas discussões a filosofia da história kantiana, a partir da qual tem-se focalizado temas relativos aos melhoramento humano, na esfera política, jurídica e moral, tais como liberdade, justiça e dignidade, tanto buscando-se a compreensão metafísica dos seus fundamentos, quanto investigando-se sobre a possibilidade de sua aplicação prática.

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A realização do referido Congresso concomitante ao III Congresso Nacional Rousseau, dá-se em função em parte do Núcleo de Estudo e Pesquisa Iluminista ao qual os dois se acham vinculados, o que favorece, evidentemente, a interlocução entre o GEPI-ROUSSEAU UFMA e o GEPI-KANT UFMA, bem como o fortalecimento dos estudos voltados para o século das luzes.

 

Há que se observar, ademais, que, sem dúvida, um dos filósofos do XVIII, que melhor recepcionou o pensamento rousseauniano foi Immanuel Kant, com efeito, a crítica que este desfere ao mundo civilizado disso dá testemunho, visto reconhecer-lhe expressamente os problemas, entendendo, tal como Rousseau, que o melhoramento dos costumes, o refinamento, as gentilezas e sutilezas, ou seja, as boas maneiras são um terreno fértil para a ocultação do ser, isto é, para a ocultação do que se pensa, do que se quer, do que se sente e, por assim dizer, um cenário favorável para o predomínio das aparências, das insinceridades, estando esse grau de civilidade muito longe de revelar o desejável, o melhoramento moral, pois como adverte Kant (2003, p. 16): “todo bem que não esteja enxertado numa intenção moralmente boa não passa de pura aparência e cintilante miséria”.

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Além disso, do ponto de vista político é também nítida algumas influências do filósofo genebrino sob o pensamento de Kant, na medida em que também este foi um defensor das leis civis como expressão da vontade geral, portanto, da autonomia de cidadãos que se reconhecem em tais leis. Um defensor da República, mas um crítico da democracia, a qual acusa, conforme, de despotismo, dentre outros aspectos similares. O que, claramente, não depõe contra a originalidade e alcance da filosofia kantiana, tampouco a priva de caminhos e soluções nem sempre semelhantes as de Rousseau.

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Kant, por exemplo, percebe, não obstante as críticas ao mudo da civilidade, que éno âmbito da sociedade civil, que pode o homem se desenvolver politicamente, juridicamente e moralmente, visto que é nesse contexto que os antagonismos entre os homens ocorrem, possibilitando o progresso destes em todos os níveis, favorecendo desde o aprimoramento das relações civis à formação de uma sociedade moral, bem como o desenvolvimento da liberdade, tanto sob seu aspecto externo, quanto interno,a preeminência da justiça e próprio desenvolvimento da humanidade, portanto da dignidade humana. Nessa perspectiva, um diálogo entre estes dois monumentos da filosofia moderna é sempre possível, pertinente e instigador de questões que ainda são objeto das nossas demandas contemporâneas.

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Dessa forma, são questões como todas essas expostas aqui, que podemos insistir na leitura e discussão de seus textos em um grande debate, tanto por meio de suas obras, quanto por meio de inúmeros diálogos travados com uma infinidade de autores de diversas áreas do conhecimento. Colocando a Universidade Federal do Maranhão no centro dos debates mais atualizados acerca do filósofo genebrino Jean-Jacques Rousseau e do filósofo prussiano Immanuel Kant, tanto nacionalmente quanto em nível internacional.

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